Regional e construtoras discutem afundamento da Rua Jamaris
Março 15, 2001
Claudia Sogl

Na tentativa de resolver o problema de afundamento de solo da rua Jamaris e outras ruas adjacentes, no bairro de Moema, a Administração Regional da Vila Mariana realizou, quinta-feira última, uma reunião com moradores e representantes das construtoras das obras na região.

Segundo as construtoras a região já estava afundando, as ruas estavam recalcadas, as casas estavam detonadas, algumas caindo, e muitas delas interditadas pela defesa civil. “O afundamento da rua Jamaris origina-se no solo da região, cujas características pode ser qualificada de pântano”, desabafa o Eng.Marcio Goldstein, proprietário da construtora CBE: "Tecnicamente, não fizemos nada de errado"

Apesar dos registros fotográficos exibidos por uma construtora presente na reunião, os moradores discordaram e afirmam que há uma década a Jamaris não estava desse jeito. O Eng. Luciano Decourt, especialista em fundações, convidado pela Regional, afirmou que dentro da cultura vigente ninguém é culpado, mas num espectro mais amplo, se a Justiça for acionada, todos que construíram lá serão culpados. O difícil será provar.

O Administrador Regional da Vila Mariana, José Américo Dias, manteve-se firme na sua posição, solicitando vontade das construtoras para participar na solução do problema. “Nós somos um repartição pública, vamos cumprir nossa parte e acionar legalmente quem não quiser colaborar”, afirmou.

Os participantes reconheceram que, tecnicamente, uma solução definitiva seria inviável pelo custo, mas pediram uma posição das construtoras para a resolução do caso. Foi combinado que as construtoras decidirão  qual posição será adotada até o dia 23 de março.

As maiores construtoras da região, Rossi e Pentagonal, não compareceram a reunião e serão contatadas pela Regional.

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